A Condessa Sangrenta
Autor(a): Alejandra Pizarnik
Tradução: Maria Paula Gurgel Ribeiro
Editora: Tordsilhas
Págs: 60
A escritora argentina Alejandra Pizarnik e a condessa húngara Erzébet Báthory (1560-1614) têm um – e não mais que um – ponto em comum: são (quase) desconhecidas no Brasil. A injustiça com a poeta portenha está sendo corrigida agora, com este A condessa sangrenta, um dos raros títulos em prosa dessa autora que escreveu sobretudo poesia – relato ficcional baseado em fatos horrivelmente reais. A história da condessa Báthory, mesmo levando-se em conta uma possível “leyenda negra” construída em torno de sua vida, é marcada pela radicalização do que hoje chamamos de “sadismo”. Até certo ponto comum, o tratamento cruel de serviçais e camponeses pelos aristocratas europeus conheceu em Erzébet excessos que fizeram sua fama como uma espécie de “condessa Drácula”: qualquer motivo bastava para que ela aplicasse castigos e torturas em seus subordinados, especialmente jovens mulheres, em geral envolvendo longas agonias em que a pessoa seviciada se esvaía em sangue. Seu irrefreável prazer em levar ao extremo o sofrimento alheio vitimou cerca de 650 pessoas – cujos nomes foram registrados por ela mesma numa caderneta, usada como prova no processo que resultou em sua prisão, em 1611. Pizarnik descreve, em capítulos especialmente reservados, os principais métodos de suplício da condessa – que a tudo observava com impassível serenidade. Aliadas às tenebrosas mas fascinantes e belas ilustrações de Santiago Caruso, A condessa sangrenta é um lançamento luxoso, em capa dura, a quatro cores e papel cuchê, que atende aquele público que se sente órfão de uma boa história de terror, sem atenuantes – ou edulcorantes.
Resenha
Um livro incrível, curtinho, para ler em um dia e perfeito para o Halloween!
Eu namorava esse livro há anos enquanto passeava pelas livrarias, achava a capa dura magnífica e a sinopse interessante, quando lançou um filme sobre a tal condessa, corri assistir.
A autora se concentra em nos contar os sadismos da condessa, em poucas páginas ricamente ilustradas, ela nos detalha como Erzbet era cruel com suas empregadas e escravas.